16 agosto 2018

Novas Tecnologias Educacionais

A velocidade com que tudo evolui, simplifica e se disponibiliza faz com que por vezes percamos a carona. Estar atualizado significa estar conectado. Significa estar online. E muito mais que isso, estar “ligado”. Da forma com que fazíamos ontem, pode hoje ser completamente ineficaz. Dirigir sem um GPS, comprar sem um cartão com chip, ter um telefone sem internet, já é tão inaceitável que deixa qualquer pessoa se sentindo perdida. É possível viver sem tecnologia, mas trabalhar sem estes recursos torna os resultados mais demorados e obviamente pouco competitivos.
Por estas e muitas outras razões torna-se necessário introduzir toda tecnologia possível no ambiente de aprendizagem. E mais que isso, tornar o uso o mais racional e produtivo possível.
Pouco adiantaria ter dispositivos computacionais de última geração, internet veloz, quadro interativo, vídeo aulas, ambientes virtuais de ensino, se faltasse a figura instigadora e persuasiva do professor.
É do professor o papel de ensinar e apesar do que se vislumbra de possibilidades de aprendizagem, não há perspectiva de método que o substitua.
O que certamente acontecerá é o estilo de ensino ficar obsoleto. A pedagogia á necessariamente errada, mas apenas não contempla as novas possibilidades e habilidades necessárias para que o indivíduo domine os atuais recursos e atinja um nível de autonomia no qual satisfaça as atuais necessidades.
É preciso formar indivíduos críticos, criativos, portadores de soluções. Capazes de ler, interpretar e responder.
A interatividade dos recursos tecnológicos por si só já são capazes de despertar a atenção e curiosidade, porém tendem ao devaneio. Tendem à improdutividade. E precisamos, como educadores, mostrar que a internet e seus dispositivos (tablets, notebooks, smartphones, etc) servem pra muito mais que Facebook, Whatsapp e Instagram. É possível inclusive até mesmo destes citados se fazer uso produtivo, basta foco e disciplina.
Por vezes se acha dúzias de jovens que sem sequer olhar para o seu smartphone são capazes de guiar alguém até determinada função de uma rede social ou comunicador, mas incapazes de redigir um texto formal ou mesmo o próprio currículo.
Esta lacuna mostra o quão defasado está nosso sistema de educação, que não está conseguindo integrar de forma eficaz tantos dispositivos, ferramentas e sistemas que o próprio aluno traz para a sala, inclusive mais moderno que aqueles que a escola disponibiliza.
Os educadores agora tem muito trabalho pela frente. A começar por refazer seus planos de aula, atualizar suas didáticas, aprender e dominar a tecnologia a ponto de discutir em sala de aula a melhor forma de utilizá-la.
 A internet é fonte de informação e o uso correto desta informação, da pesquisa direcionada, pode ajudar o aluno a compreender melhor a realidade, inclusive a ponto de participar com suas vivências e pontos de vista e desta forma enriquecer seu aprendizado.
O aluno pode não só dispor da internet como fonte de pesquisa, como pode através dela apresentar seus resultados, sua competência e seus resultados. A possibilidade de o aluno apresentar seu trabalho com recursos tecnológicos, como apresentações de slides e data show pode motivá-lo a desenvolver sua oratória, melhorar sua comunicação e a sua desenvoltura frente aos questionamentos. Aí está o verdadeiro sentido da apresentação de um trabalho.  Um treinamento para o trabalho e para a vida.
De igual forma e importância está o trabalho em grupo, hoje com a possibilidade de se fazer remotamente, com um grupo ainda maior de participantes, visto que o espaço físico já não é limitador. O trabalho em grupo, corretamente orientado, forma profissionais colaborativos, destaca e desenvolve talentos, forma indivíduos com senso de equipe e principalmente, forma líderes.
Nestes exemplos a tecnologia potencializa a comunicação, a criação e a produção, da mesma que deve acontecer mais adiante, no mercado de trabalho.
A tecnologia é onipresente. Não nos damos conta. Está na previsão do tempo, na análise do trânsito antes de sairmos de casa, na receita do almoço ou no trajeto mais curto até o restaurante preferido. Está tão presente que algumas pessoas existem mais no mundo virtual que no mundo real.
E aí estará nosso próximo desafio: reabilitar os valores e fortalecer a identidade das pessoas.

Texto para a Faculdade Internacional Signorelli

08 agosto 2018

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